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Roberto Carlos da Silva Rocha, conhecido apenas como Roberto Carlos, é uma das maiores lendas do futebol mundial. O lateral-esquerdo brasileiro revolucionou o futebol com a sua velocidade, remates potentes, e um estilo de jogo ofensivo que influenciou toda uma geração de jogadores. Nascido em São Paulo, Brasil, a 10 de abril de 1973, a carreira de Roberto Carlos percorreu várias das maiores ligas europeias, incluindo passagens pelo Palmeiras, Inter de Milão, e principalmente, o Real Madrid, onde se tornou uma figura icónica.
Para além da sua carreira ao nível de clubes, Roberto Carlos foi também um dos pilares da Seleção Brasileira, onde conquistou a Copa do Mundo de 2002, jogando ao lado de outros grandes jogadores como Ronaldo, Rivaldo, e Ronaldinho. Neste artigo, exploramos a sua carreira, os principais títulos conquistados, e o legado que deixou no futebol mundial.
Roberto Carlos começou a sua carreira no modesto União São João, uma equipa de futebol da cidade de Araras, São Paulo. Desde jovem, as suas qualidades físicas e técnicas chamaram a atenção dos treinadores. Com apenas 19 anos, Roberto Carlos já se destacava pela sua velocidade explosiva e capacidade de remate. Estas qualidades levaram-no a ser convocado para a Seleção Brasileira Sub-20.
A sua passagem pelo União São João foi curta, mas suficiente para atrair o interesse de grandes clubes brasileiros. Em 1993, o jovem lateral foi contratado pelo Palmeiras, um dos clubes mais tradicionais do Brasil. Foi neste clube que a sua carreira começou a tomar proporções internacionais.
A chegada de Roberto Carlos ao Palmeiras foi um ponto de viragem na sua carreira. Sob o comando de Vanderlei Luxemburgo, o Palmeiras vivia uma fase de grande sucesso. Rapidamente, Roberto Carlos tornou-se num dos jogadores mais importantes da equipa. Ele ajudou o clube a conquistar dois Campeonatos Brasileiros consecutivos, em 1993 e 1994.
O estilo de jogo de Roberto Carlos no Palmeiras caracterizava-se pela sua capacidade de subir no terreno. Além disso, participava ativamente no ataque. A sua precisão nos cruzamentos e remates de longa distância tornaram-no num dos jogadores mais temidos pelos adversários. Essa combinação de habilidades defensivas e ofensivas destacava-o no cenário futebolístico.
Foi no Palmeiras que Roberto Carlos começou a atrair a atenção de clubes europeus. Eventualmente, ele acabou por assinar com a Inter de Milão em 1995.
Em 1995, Roberto Carlos transferiu-se para o Inter de Milão, uma das principais equipas da Série A italiana. A sua estreia foi promissora, tendo marcado um golo logo no primeiro jogo. No entanto, a sua estadia em Milão foi curta e marcada por desentendimentos táticos com o treinador Roy Hodgson. O técnico posicionava-o frequentemente como extremo-esquerdo, o que limitava o impacto de Roberto Carlos como lateral.
Apesar destas dificuldades, Roberto Carlos teve um desempenho notável. Ele participou em 34 jogos e marcou sete golos pela equipa italiana. A sua passagem pela Itália, embora breve, foi suficiente para atrair o interesse do Real Madrid, que o contratou no final da temporada de 1995-1996.
A transferência de Roberto Carlos para o Real Madrid, em 1996, foi o ponto alto da sua carreira. No clube espanhol, o lateral tornou-se numa verdadeira lenda. Ele jogou ao lado de ícones do futebol como Zinedine Zidane, Luís Figo, e Ronaldo Fenómeno. Sem dúvida, Roberto Carlos foi peça fundamental numa das fases mais gloriosas da história do Real Madrid, conhecida como a era dos “Galácticos“.
Durante mais de uma década no Real Madrid, Roberto Carlos participou em mais de 500 jogos. A sua presença foi vital para ajudar o clube a conquistar vários títulos, incluindo três Ligas dos Campeões (1998, 2000, 2002) e quatro Campeonatos Espanhóis. Com uma velocidade imensa e resistência física, ele percorria todo o flanco esquerdo, defendendo com eficácia e atacando com perigo constante. A sua capacidade de marcar golos de longa distância, especialmente em livres diretos, tornou-se uma das suas marcas registadas.
Outro momento inesquecível foi o golo que marcou contra o Tenerife, na Taça do Rei. Com um remate potente perto da linha lateral, ele surpreendeu o guarda-redes adversário
A carreira de Roberto Carlos na Seleção Brasileira foi igualmente memorável. O lateral fez a sua estreia pela seleção em 1992. Rapidamente, ele estabeleceu-se como titular. Durante a sua carreira, ele participou em quatro Mundiais, com destaque para a vitória no Campeonato do Mundo de 2002, onde foi uma peça chave na conquista do quinto título mundial para o Brasil.
No entanto, nem todos os momentos de Roberto Carlos na seleção foram de glória. No Mundial de 2006, a eliminação do Brasil nos quartos-de-final contra a França foi um dos momentos mais amargos da sua carreira. Roberto foi duramente criticado por falhar a marcação a Thierry Henry, no golo decisivo da partida.
Após mais de uma década no Real Madrid, Roberto Carlos decidiu sair em 2007. Assim, transferiu-se para o Fenerbahçe, da Turquia. Embora já estivesse nos últimos anos da sua carreira, Roberto Carlos continuava a mostrar a sua qualidade. Aliás, a sua experiência foi vital para a equipa turca.
Durante a sua passagem pelo Fenerbahçe, o lateral ajudou o clube a conquistar a Supertaça da Turquia. Manteve a sua consistência em campo, jogando tanto nas competições nacionais quanto nas competições europeias.
Depois de deixar o Fenerbahçe, Roberto Carlos regressou ao Brasil para jogar no Corinthians. No clube brasileiro, foi reunido com o seu antigo companheiro de seleção, Ronaldo Fenómeno. Embora a sua passagem pelo Corinthians tenha sido curta, Roberto Carlos deixou a sua marca. Ele ajudou o clube a alcançar boas posições no Campeonato Brasileiro.
Aos 38 anos, Roberto Carlos surpreendeu o mundo ao assinar pelo Anzhi Makhachkala, da Rússia, em 2011. Mesmo na fase final da sua carreira, o lateral jogou como médio defensivo e tornou-se capitão da equipa. Embora já não fizesse as suas famosas arrancadas pela lateral, Roberto Carlos continuou a demonstrar a sua visão de jogo e capacidade de liderança.
Ele jogou até 2012, altura em que anunciou a sua retirada definitiva dos relvados. No entanto, ele continuou a trabalhar no futebol como dirigente e treinador.
Roberto Carlos não foi apenas um jogador que conquistou títulos. Além disso, ele redefiniu a posição de lateral-esquerdo. Roberto Carlos transformou-a numa posição ofensiva e criativa, algo que mudou a forma como o futebol é jogado hoje. A sua capacidade de criar oportunidades de golo e de marcar de longa distância fez dele um dos jogadores mais respeitados da sua geração.
O seu impacto no Real Madrid e na Seleção Brasileira é inegável. Até hoje, ele é considerado um dos melhores laterais de todos os tempos. A sua carreira, que se estendeu por mais de duas décadas, deixou uma marca indelével no futebol mundial.
Roberto Carlos é, sem dúvida, um dos maiores nomes da história do futebol. Desde os primeiros passos no União São João até à sua lenda no Real Madrid e na Seleção Brasileira, o lateral conquistou tudo o que havia para conquistar. O seu legado não é apenas de títulos, mas também de inovação e redefinição de como se joga futebol na posição de lateral. A sua carreira será lembrada por gerações e o seu impacto no futebol será eterno.
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